Linha do Tempo - Guerras Napoleônicas

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Estratégias napoleônicas - Bloqueio Continental


                Após se industrializar e se projetar economicamente, a França se tornou uma ameaça para a Inglaterra, que naquela época era a maior potência industrial do mundo. Para enfrentar a França de Napoleão, a Inglaterra aliou-se à Áustria e à Rússia, países que almejavam deter o avanço dos ideais da Revolução Francesa em seus territórios. Com isso, em outubro de 1805, Napoleão tentou medir forças com os ingleses no mar, no entanto a frota francesa foi destroçada na Batalha de Trafalgar. 
                Em contrapartida, um mês e meio após essa batalha no continente, o exército napoleônico venceu a Áustria na Batalha de Austerlitz e, no ano seguinte, venceu a Prússia na Batalha de Iena. Logo em seguida, Napoleão decretou o Bloqueio Continental no qual todos os países do continente europeu foram proibidos de negociar com a Inglaterra e de receber navios ingleses em seus portos. 
                Em 1807, Bonaparte obteve outro sucesso militar e diplomático: após derrotar os russos em território polonês, obrigou o czar Alexandre I a assinar o Tratado de Tilsit. Nesse acordo, a Rússia se comprometia a respeitar o bloqueio econômico imposto à Inglaterra e reconhecer a hegemonia francesa na Europa. 
                Em Portugal, o governo do príncipe D. João fazia um jogo duplo: oficialmente não se opunha ao Bloqueio Continental, mas, às escondidas, continuava a permitir a entrada de produtos ingleses em seus portos. 
                Com a informação de que o pequeno e empobrecido reino de Portugal continuava a manter laços comerciais com a Inglaterra, Napoleão ordenou que o invadissem. Diante disso, a corte portuguesa mudou-se para o Brasil.

domingo, 20 de maio de 2012

Era napoleônica - Congresso de Viena



Após a derrota das tropas francesas, as grandes potências europeias: Império Austríaco, Inglaterra, Rússia, Prússia e a França restaurada, reuniram-se em Viena para restabelecer a situação política europeia anterior à Revolução Francesa.
            Os dois princípios básicos do Congresso de Viena eram o princípio de legitimidade, visando restaurar nos Estados europeus as dinastias e as fronteiras nacionais que vigoravam no período pré-revolucionário e o princípio do equilíbrio europeu, que dividiria entre as potências o continente europeu e as possessões coloniais.
            Quanto à partilha colonial, a Inglaterra foi a grande beneficiada, pois obteve a ilha de Malta, ponto estratégico no Mediterrâneo, a região do Cabo, o Ceilão, a Guiana.
            Do Congresso de Viena surgiu a Santa Aliança, porém vários fatores desagregaram os planos estabelecidos no Congresso de Viena. A Revolução Industrial espalhou-se por vários países, fortalecendo cada vez mais os burgueses, liberais e nacionalistas e amadurecendo o capitalismo.
            Mostrando que os tempos haviam mudado e deixando patente sua oposição a qualquer tentativa recolonizadora , os Estados Unidos lançaram a Doutrina Monroe em 1823, cujo lema era “ América para os americanos”.
            Com a consolidação do liberalismo, a efervescência revolucionária irradiou-se por todo o continente, favorecendo expectativas de que se daria a plena libertação dos povos e solução dos seus graves problemas sociais.

Era napoleônica - Os cem dias



Em 4 de maio, o Imperador desembarca em Elba e é recebido com entusiasmo pelos habitantes. Porém, a pensão não é paga e ele experimenta dificuldades em se manter e a sua pequena corte. A ilha tem reservas de minério de ferro, que geram resultados muito modestos, obrigando o Imperador a se apropriar da renda das minas, pertencente à Legião de Honra. Sua saúde não é boa; ele sofre de frequentes acessos de vômito. 
            Com Luís XVIII, a dinastia dos Bourbon é restabelecida em França, mas torna-se imediatamente impopular. O Imperador é informado disso e de que o exército é-lhe majoritariamente favorável. Tem notícia de complôs para raptá-lo ou assassiná-lo e, temendo esta situação, aumenta a quantidade de seus soldados, aos quais não pode pagar. Chegam rumores de que será transferido a uma ilha muito mais distante que a de Elba; diante disto, ninguém pode desembarcar sem ser interrogado e sem permissão escrita de Cambronne, comandante da Guarda.
O Imperador desembarca em Golfe-Juan em 1° de março de 1815, dando início ao fugaz restabelecimento do Primeiro Império, conhecido como os Cem Dias – um período unanimente reconhecido como um dos mais fascinantes da lenda napoleônica.
Ao regressar, Napoleão tentou uma rápida ofensiva contra a Sétima Coligação, mas foi derrotado na batalha de Waterloo pelo duque de Wellington, da Inglaterra. Exilado na longínqua e isolada ilha de Santa Helena,, colônia da Inglaterra no Atlântico Sul, Napoleão morreu em 5 de maio de 1821.
O período que liderou na França e comandou seus exércitos permitiu que grande parte das conquistas sociais e políticas da Revolução fossem disseminadas por outros países europeus. Assim apesar  de tentativas de restauração do Antigo Regime, as monarquias não seriam mais definitivamente absolutas, pois a Europa apresentava um outro perfil histórico.


Era napoleônica - Império napoleônico



            Depois de um curto período de paz, os países europeus contrários às inovações trazidas pela Revolução Francesa recomeçaram sua luta contra a França. Embora não conseguissem derrotar a Inglaterra, sob o comando de Napoleão os franceses tiveram importantes vitórias, e novos territórios foram conquistados, formando-se o Império Napoleônico.
            As guerras externas que ameaçaram o Império eram em geral comandadas pela Inglaterra, que tinha na França uma rival aos seus produtos industrializados. Os demais países que formaram as diversas coligações, eram normalmente monarquias absolutistas temerosas dos reflexos da Revolução sobre sua estabilidade política. A França estava cercada por inimigos.
            O primeiro confronto do período imperial deu-se contra a Terceira Coligação( Inglaterra, Rússia e Império Austríaco). Com o apoio da Espanha, velha inimiga inglesa, a marinha francesa atravessou o canal da Mancha, na tentativa de invadir a Inglaterra, porém foi derrotada na batalha naval de Trafalgar. Contudo, a superioridade francesa em terra, vencendo as batalhas de Ulm, contra a Prússia e Austerlitz, contra o império Austríaco, derrotaram a Terceira Coligação e levaram à extinção do Sacro Imério Romano-Germânico, surgindo em seu lugar a Confederação de Reno.
            Contudo, a França dependia da neutralização da Inglaterra, a maior potência econômica do período, querendo reduzir o poderio econômico britânico, Napoleão decretou o bloqueio continental, em 1806. Segundo este decreto, os aliados franceses não poderiam comerciar com a Inglaterra, nem comprando suas manufaturas nem lhe fornecendo matérias primas.
            Em 1807, pelo tratado de Tilsit, Napoleão obteve adesão da Rússia ao embargo econômico à Inglaterra, ao vencer a Quarta Coligação nas batalhas de Lena, Eylau e Friedland. A Quinta Coligação, formada por Inglaterra e Império Austríaco, também sucumbiu frente ao poder das tropas napoleônicas.
            Napoleão disseminou pelos países conquistados os princípios liberais da revolução francesa, por exemplo, o código civil, derrubando assim as velhas estruturas aristocráticas. Mas cada vez que isso acontecia, mais inimigos a França ia fazendo pela Europa.
            Portugal desobedeceu ao bloqueio continental, suas fortes ligações econômicas com a Inglaterra impediam que seu príncipe, D. João, rompesse estas ligações, sendo assim, sofreu uma intervenção francesa. Sabendo da invasão, a família real fugiu para sua principal colônia, o Brasil, em 1808.
            Ainda na península ibérica, Napoleão decidiu depor o rei espanhol Fernando VII, coroando seu irmão José Bonaparte, o que estimulou a resistência nacionalista contra os franceses. A luta popular, por meio de guerrilhas, financiada pela Inglaterra, irradiou-se por toda a península Ibérica, desgastando as forças napoleônicas. O mito de invencibilidade dos exércitos franceses estavam se extinguindo, ao mesmo tempo que as colônias espanholas na América aproveitavam-se da crise na metrópole para iniciar seu processo de independência.
            A economia russa estava enfraquecida em virtude do bloqueio continental, sendo assim a Rússia desprezou as ameaças de Napoleão e abriu os portos russos aos ingleses. Napoleão ficou inconformado, reuniu um poderoso exército de mais de 600 mil homens , que marcharia sobre a Rússia, seria a mais audaciosa, mas também trágica, campanha militar. Os russos queriam evitar tal confronto, sendo assim, destruíam tudo que pudesse ter valor ou ser útil para o inimigo.
            Quando, finalmente, conseguiu entrar em Moscou, encontrou a cidade abandonada e incendiada. Sem abrigos, fustigados pelo rigoroso inverno e enfrentando as implacáveis guerrilhas russas, os homens de Bonaparte iniciaram a retirada, permitindo aos russos tomarem a ofensiva. Napoleão saiu da Rússia com menos de 100 mil soldados, desmoralizado e tendo de enfrentar o resto da Europa, que se mobilizara contra ele.
            Esgotado, o imperador teve de enfrentar uma sucessão de derrotas e fracassos. Formara-se a Sexta Coligação, composta por Prússia, Inglaterra, Rússia e Império Austríaco, que o venceu na batalha das Nações, foi obrigado então a assinar o tratado de Fontainebleau, segundo o tratado o imperador abriria mão do trono francês, recebendo em troca dois milhões de francos anuais e plena soberania sobre a ilha de Elba, situada no mar Mediterrâneo.
            Com seu exílio, foi coroado rei Luís XVIII, irmão de Luís XVI, guilhotinado durante a Revolução. Porém Napoleão fugiu de Elba e desembarcou na França com 1200 soldados, foi recebido festivamente por seus ex-comandados e pela população e marchou em direção a Paris. Luís XVIII fugiu para a Bélgica e Napoleão pôs-se novamente à frente do governo francês.

Era napoleônica - Consulado




            As prioridades do Consulado eram enfrentar ameaças externas ao país e reorganizar a economia e a sociedade francesa, buscando a estabilização.
         A fim de sanear as finanças nacionais e reorganizar a burguesia, deterioradas pelo longo período de instabilidades e guerras, foi fundado em 1800 o Banco da França, controlado pelo Estado. Também foi criado um novo padrão monetário, o franco.
          O Consulado era uma forma de governo com aparência de República. Sua Constituição foi submetida a um plesbicito: houve uma consulta para se saber se o povo a aceitava ou não. Todos os que faziam campanhas contra a Constituição de Napoleão eram presos, assim, quase só houve propaganda a favor. Com a Constituição confirmada, Napoleão tornou-se primeiro-cônsul.
     O cônsul tinha poderes praticamente ilimitados, inclusive o de publicar leis sem a aprovação das assembleias, além de nomear ministros, funcionários, juízes e oficiais. Napoleão tornou o consulado hereditário.
      Em 1804, foi promulgado o Código Civil Napoleônico; seus artigos asseguravam a igualdade de todos os indivíduos perante a lei, direito a propriedade privada e proibição da existência de sindicatos de trabalhadores e greves. Foi estabelecida uma reforma no ensino, tornando a educação responsabilidade do Estado e adequando-as às necessidades nacionais.
         Napoleão tinha bastante apoio, principalmente da burguesia, mas também dos militares, pois Napoleão havia modernizado o exército, os armamentos e tinha aumentado seu prestígio, e dos camponeses, pois confirmou a reforma agrária, tornando-os pequenos proprietários, estes reforçaram a economia francesa, pois passaram a ter condições de comprar as mercadorias industrializadas.
         Em 1804, Napoleão recebeu título de imperador, por meio de plesbicito, sendo coroado na catedral de Notre-Dame, aumentado assim cada vez mais seu poder e sua influência na França.

Era napoleônica - Ascensão de Napoleão



Napoleão Tornou-se o primeiro cônsul e o chefe da república francesa. Mas para se tornar este “símbolo que representa poder e coragem”, houve vários fatores que contribuíram para sua subida ao poder. Suas campanhas contra os austríacos na Itália. A França e seu novo regime eram vistos com reprovação pelo resto da Europa.
            O continente, por completo, era formado por monarquias e pequenos estados, que mantinham um jogo de alianças baseados em compromissos entre famílias reais.
            Napoleão “varreria” a nobreza desses territórios, favorecendo o crescimento burguês europeu, fazendo com que o antigo regime fosse extinto, tornando-se o senhor de boa parte da Europa.
            Bonaparte tinha um incontestável gênio militar, dois grandes fatores contribuíram para a expansão: restauração da lei e da ordem no país, graças ao código napoleônico, e a formação de uma enorme classe militar.
            Napoleão ao longo dos tempos foi ganhando cada vez mais poder graças a suas batalhas e conflitos dentro e fora da França, e a sua forma de organizar o Estado.

Era napoleônica - O fim do Diretório



Devido à execução da família real francesa e muitos outros nobres, entre 1793 e 1795, muitos reis europeus formaram sucessivas coligações militares contra a França, pretendiam extinguir a revolução francesa e suas influências na Europa.
            Em contraposição, o exército francês acumulava vitórias contra as forças absolutistas da Espanha, Países Baixos, Prússia e reinos da Itália, que em 1799, formaram a Segunda Coligação contra a França revolucionária.
           Nestes levantes, destacou-se Napoleão Bonaparte, necessitando garantir-se e consolidar a república burguesa contra possíveis ameaças internas, os girondinos desfecharam um golpe contra o Diretório, com Bonaparte, no chamado golpe do 18 Brumário.
           O Diretório foi substituído por um novo governo, o Consulado, constituído por: Napoleão, o abade Sieyés e Roger Ducos, porém o poder ,na verdade, concentrou-se nas mãos de Napoleão, que ajudou muito nas conquistas burguesas da revolução.