Linha do Tempo - Guerras Napoleônicas

domingo, 20 de maio de 2012

Era napoleônica - Império napoleônico



            Depois de um curto período de paz, os países europeus contrários às inovações trazidas pela Revolução Francesa recomeçaram sua luta contra a França. Embora não conseguissem derrotar a Inglaterra, sob o comando de Napoleão os franceses tiveram importantes vitórias, e novos territórios foram conquistados, formando-se o Império Napoleônico.
            As guerras externas que ameaçaram o Império eram em geral comandadas pela Inglaterra, que tinha na França uma rival aos seus produtos industrializados. Os demais países que formaram as diversas coligações, eram normalmente monarquias absolutistas temerosas dos reflexos da Revolução sobre sua estabilidade política. A França estava cercada por inimigos.
            O primeiro confronto do período imperial deu-se contra a Terceira Coligação( Inglaterra, Rússia e Império Austríaco). Com o apoio da Espanha, velha inimiga inglesa, a marinha francesa atravessou o canal da Mancha, na tentativa de invadir a Inglaterra, porém foi derrotada na batalha naval de Trafalgar. Contudo, a superioridade francesa em terra, vencendo as batalhas de Ulm, contra a Prússia e Austerlitz, contra o império Austríaco, derrotaram a Terceira Coligação e levaram à extinção do Sacro Imério Romano-Germânico, surgindo em seu lugar a Confederação de Reno.
            Contudo, a França dependia da neutralização da Inglaterra, a maior potência econômica do período, querendo reduzir o poderio econômico britânico, Napoleão decretou o bloqueio continental, em 1806. Segundo este decreto, os aliados franceses não poderiam comerciar com a Inglaterra, nem comprando suas manufaturas nem lhe fornecendo matérias primas.
            Em 1807, pelo tratado de Tilsit, Napoleão obteve adesão da Rússia ao embargo econômico à Inglaterra, ao vencer a Quarta Coligação nas batalhas de Lena, Eylau e Friedland. A Quinta Coligação, formada por Inglaterra e Império Austríaco, também sucumbiu frente ao poder das tropas napoleônicas.
            Napoleão disseminou pelos países conquistados os princípios liberais da revolução francesa, por exemplo, o código civil, derrubando assim as velhas estruturas aristocráticas. Mas cada vez que isso acontecia, mais inimigos a França ia fazendo pela Europa.
            Portugal desobedeceu ao bloqueio continental, suas fortes ligações econômicas com a Inglaterra impediam que seu príncipe, D. João, rompesse estas ligações, sendo assim, sofreu uma intervenção francesa. Sabendo da invasão, a família real fugiu para sua principal colônia, o Brasil, em 1808.
            Ainda na península ibérica, Napoleão decidiu depor o rei espanhol Fernando VII, coroando seu irmão José Bonaparte, o que estimulou a resistência nacionalista contra os franceses. A luta popular, por meio de guerrilhas, financiada pela Inglaterra, irradiou-se por toda a península Ibérica, desgastando as forças napoleônicas. O mito de invencibilidade dos exércitos franceses estavam se extinguindo, ao mesmo tempo que as colônias espanholas na América aproveitavam-se da crise na metrópole para iniciar seu processo de independência.
            A economia russa estava enfraquecida em virtude do bloqueio continental, sendo assim a Rússia desprezou as ameaças de Napoleão e abriu os portos russos aos ingleses. Napoleão ficou inconformado, reuniu um poderoso exército de mais de 600 mil homens , que marcharia sobre a Rússia, seria a mais audaciosa, mas também trágica, campanha militar. Os russos queriam evitar tal confronto, sendo assim, destruíam tudo que pudesse ter valor ou ser útil para o inimigo.
            Quando, finalmente, conseguiu entrar em Moscou, encontrou a cidade abandonada e incendiada. Sem abrigos, fustigados pelo rigoroso inverno e enfrentando as implacáveis guerrilhas russas, os homens de Bonaparte iniciaram a retirada, permitindo aos russos tomarem a ofensiva. Napoleão saiu da Rússia com menos de 100 mil soldados, desmoralizado e tendo de enfrentar o resto da Europa, que se mobilizara contra ele.
            Esgotado, o imperador teve de enfrentar uma sucessão de derrotas e fracassos. Formara-se a Sexta Coligação, composta por Prússia, Inglaterra, Rússia e Império Austríaco, que o venceu na batalha das Nações, foi obrigado então a assinar o tratado de Fontainebleau, segundo o tratado o imperador abriria mão do trono francês, recebendo em troca dois milhões de francos anuais e plena soberania sobre a ilha de Elba, situada no mar Mediterrâneo.
            Com seu exílio, foi coroado rei Luís XVIII, irmão de Luís XVI, guilhotinado durante a Revolução. Porém Napoleão fugiu de Elba e desembarcou na França com 1200 soldados, foi recebido festivamente por seus ex-comandados e pela população e marchou em direção a Paris. Luís XVIII fugiu para a Bélgica e Napoleão pôs-se novamente à frente do governo francês.

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